Sabe lá quanto
pede o pedido
De quem já sofreu
de amor
Já se sabe que o
canto e os santos
Só sambam pra quem
já pecou
E perdeu se não fez
De outra dor
razão de viver
Não sofreu se no
peito
Do amargo passou sem
tremer
Se há beleza é porque
O encanto só dorme
pra se reinventar
A tristeza
chorada
É cultivo do dom
de andar
Saber é prazer
De quem leu um
livro atroz
E pra ser homem forte
É preciso nascer
bem do pó
Que doçura ter
pelas
Barrigas mais
rostos querendo falar
Da morena no
quieto da esquina
Calando o peito a
jorrar
Se hoje posso falar
de amanhã
É porque enxergo
de sol
do bonito,
abrigo, sentido
De ver onde só
É perito e preciso
Ter toda coragem
pra ver
Que resposta não
ta no caminho
Estrada convida
pra dentro do ser
Posso março,
abril
E sereno da moça
que vai
A cachaça, o
samba
E o azul de amor
de um pai
Vê: renasce do
medo
O sossego
de ver
a vida sonhar
Flor das novas e
velhas
Sedes do acordar
É a paz, há de
ser
Quando houver de
raiar